sábado, 28 de novembro de 2015

18 de novembro de 2015 - Dia histórico em Porto Alegre

A SRA. PÉROLA SAMPAIO: Primeiramente, quero dar boa tarde a todos e todas aqui presentes, dizer que é com muita satisfação que estamos aqui, saudar a Mesa, através do Presidente desta Casa, Ver. Mauro Pinheiro, e saudando-o eu saúdo a todos os Vereadores e Vereadoras aqui presentes, e quero dizer que, para nós, é motivo de muita satisfação esses dias que passamos por aqui, fizemos um trabalho à altura, na avaliação da sociedade porto-alegrense, e na Semana da Consciência Negra registramos a nossa marca, que é a marca da diversidade.

Quero dizer que nós, Vereadores e Vereadoras negras, que assumimos aqui esta semana – hoje é o meu último dia –, certamente esta semana foi motivo de alegria para todos aqueles que se fazem representados pela nossa luta. Então, eu quero agradecer a todos os movimentos sociais que estiveram presentes nestes embates desta semana toda conosco; também agradecer a cada Vereador e Vereadora, em especial ao Delegado Cleiton, que foi importante nesta luta, e também a todos os funcionários e funcionárias, em especial às nossas mulheres funcionárias desta Casa. Queria fazer uma referência ao Dr. Lúcio Almeida, que é doutor em Direito e que nos ajudou nos projetos que protocolamos nesses dias, e, também, à nossa Ver.ª Sofia Cavedon, uma mulher combativa, guerreira e que é Vereadora desta Casa.

Gostaria de fazer uma prestação de contas à sociedade e a todos vocês que estão presentes dos nossos protocolos. Nós protocolamos um projeto de lei que faz com que existam oficinas de hip-hop nas escolas, porque acreditamos que o hip-hop disputa com o poder paralelo, com a violência e com o extermínio dos nossos jovens, em especial dos nossos jovens negros. Protocolamos, também, um projeto referente à gratuidade do transporte público no Município para estudantes bolsistas do Prouni Integral e do Fies, pelo Fundo Garantidor, e de cotistas negros e indígenas, egressos de escolas públicas e de baixa renda.

Protocolamos um outro projeto ousado, que é para fazer com que as cotas em concursos públicos nesta Cidade sejam de 15% para as mulheres negras, que, no mercado de trabalho, são minoria e ocupam cargos subalternos.

Também quero agradecer aos nossos mais velhos, que, pela sabedoria, nos dão toda a luz, axé e força para nós continuarmos na luta, nesta semana, que não foi fácil, nesta Casa.

Com isso, finalizamos os dias que aqui passamos e agradecemos a todos e todas pelo acolhimento.
Quero dizer a todos que estão nas galerias, querendo que os seus direitos sejam garantidos, que nós temos que lutar, porque, se nós não lutarmos, ninguém lutará por nós. Vamos lá, trabalhadores! Vamos lá, trabalhadoras! Rumo à luta, porque, sem luta, não há vitória! Obrigada. (Não revisado pela oradora.)

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