quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ex-prefeito João Verle é cidadão de Porto Alegre

Em sua exposição de motivos, Adeli lembra ainda que, depois de passar pelo Chile, Verle lecionou diversas disciplinas na área de Economia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos –, onde coordenou o Departamento de Economia e dirigiu a Faculdade de Economia. Também participou da fundação da sua associação de docentes (Adunisinos).

Na época, militou nas entidades da categoria dos economistas, sendo vice-presidente da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul e presidente do Sindicato e do Conselho Regional de Economia da 4ª Região. João Acir Verle ajudou a construir o Partido dos Trabalhadores – PT – e, ao longo dos anos, integrou por várias ocasiões a direção dos diretórios municipal e estadual do Partido. Foi candidato a vice-governador em 1986, e, na eleição de 1988, obteve a primeira suplência da bancada de vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, vindo a assumir a titularidade em 1991, por seu partido, o PT.

Indicado pelo prefeito Olívio Dutra, ocupou a Secretaria da Fazenda do Município, cargo que deixou em abril de 1992 para candidatar-se a mais um mandato na Câmara, onde reelegeu-se vereador da Capital. Em 1996, foi novamente eleito para a Câmara, de onde se afastou para assumir, no ano seguinte, a Direção-Geral do Departamento Municipal de Habitação – Demhab –, cargo que ocupou até o final de 1998. Durante o governo estadual de Olívio Dutra, João Verle assumiu a presidência do Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Em maio de 2000, renunciou para disputar a Prefeitura de Porto Alegre como vice-prefeito.

Eleito em 4 de abril de 2002, com a renúncia do prefeito Tarso Genro, assumiu a Prefeitura Municipal, onde exerceu o cargo por 33 meses, até o final do mandato. Após a cerimônia, João Verle ocupou a tribuna da Câmara e agradeceu os dicursos em sua homenagem. Ele assinalou sua passagem pelo Legislativo Municipal, reafirmando sua biografia à frente dos mais diversos cargos que o qualificaram como gestor público. "Sempre me senti um cidadão de Porto Alegre e agora sou formalmente um cidadão de Porto Alegre", afirmou Verle.

Ele esclareceu que seus pais nasceram no Rio Grande do Sul, descendentes de alemães, estabelecidos no Vale dos Sinos. Participaram da cerimônia, entre outros, o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Vilaverde, o ex-governador Olívio Dutra e o ex-prefeito e atual deputado estadual Raul Pont.

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sobre a greve do Magistério Estadual

A greve é um instrumento de luta dos trabalhadores. Parece um chavão batido, porém importante sempre de relembrar. Quem decide o momento de utilizá-lo, as razões e a intensidade é a categoria por suas instâncias de participação. O CPERS é o mais importante sindicato do Estado, por sua representatividade, pelo setor estratégico onde atua, pela influência política no movimento sindical, pelos símbolos que já imprimiu para a educação estadual: de resistência ao desmonte da educação, à deteriorização das condições de trabalho, à pauperização dos educadores, à municipalização fruto da desresponsabilização do estado com suas tarefas constitucionais, de combate à instalação do autoritarismo e centralização da educação, tentados pelos inúmeros ataques à gestão democrática. Fez história aqui e no Brasil conquistando um Plano de Carreira que a faz uma das categorias mais qualificadas da Federação. Não fora toda esta história de luta, o que seria da educação gaúcha, se ainda a vemos tão vilipendiada?

Por outro lado, é preciso identificar com que governo estamos tratando. Certamente não é um governo que quer derrotar a categoria e seu Sindicato. Não fosse assim, não teria liberado no início do ano os Coordenadores Regionais que haviam diminuído sua capacidade de organização da categoria, pela decisão política do governo anterior em mantê-los atuando com alunos. Não fosse assim, não teria o governo abonado as faltas aplicadas nas greves pelo Governo anterior, que penalizavam o professor não só com desconto dos dias, inclusive recuperados, mas com prejuízos na carreira! Estamos tratando com um governo que não hesitou em extinguir o SAERS – Sistema de Avaliação que foi imposto, sem nenhum debate, à rede estadual pela Secretária que não conseguiu concluir o mandato porque queria aplicar a meritocracia e não logrou êxito! No lugar disto, propõe o debate sobre um Sistema Participativo de Avaliação. Chama Conferência e põe em debate uma proposta de Reestruturação do Ensino Médio! Portanto, um governo que aposta na lógica da construção com a categoria, organizada de avanços para a educação e para o magistério. Que quer diálogo. Que sabe que mudanças e avanços passam por investimento e construção conjunta com as comunidades escolares!

Mas aí, dirão, e o Piso? Não vamos aceitar nada sem o pagamento do Piso Nacional, direito conquistado, Lei a ser cumprida e Tarso prometeu! Todas afirmações certas, com exceção, permitam-me discordar, de primeiro ter o Piso para depois ver o resto. Esta, na verdade, não é a atitude do conjunto dos professores, não só porque está participando em todas as oportunidades de formação e debate pedagógico, demonstrando seu compromisso com a profissão, mas porque lutou muito por este direito quando lhes era negado participar de seminários e conferências. Mas também, pela Caravana das Boas Práticas Pedagógicas, visitando Escolas Estaduais de Porto Alegre, fica evidenciado o esforço de superação das dificuldades do cotidiano e o investimento no sucesso do aluno. Quanto às promessas de Tarso, manifesto-me como testemunha da escrita dos compromissos enquanto candidato, uma vez que era da Coordenação de campanha e do Grupo do Programa. Tarso compromete-se com o Piso, afirmando que construiria as condições necessárias para pagá-lo. Ele indica recursos no orçamento para tal e aponta para um calendário.

Meu apelo, então, aos professores e ao governo, que o diálogo se restabeleça, respeitadas as autonomias, num processo rápido de solução da greve, para que todos ganhem, especialmente a educação gaúcha.

Sofia Cavedon.


28 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CANDIDATURA PRÓPRIA COM UNIDADE DO PT E FRENTE POPULAR

A tese da candidatura própria do PT de Porto Alegre é hoje uma realidade vitoriosa. Estivemos junto com o PT municipal, através da sua direção e com a base partidária, desencadeando um processo de debate de conjuntura e diretrizes programáticas que afirmou a necessidade e a legitimidade da candidatura do PT.

Defendemos sempre a unidade partidária, através de um processo de debate e diálogo internos, para construir a nossa candidatura à prefeitura de Porto Alegre de maneira consensual, evitando a realização de prévias.

Neste sentido, o companheiro Raul Pont colocou o seu nome a disposição do Partido para fortalecer a tese da candidatura própria, dando densidade política à tese e para construir a unidade partidária e a busca do consenso, condição para uma campanha vitoriosa.

No início do mês de outubro tivemos um ato a favor da candidatura própria quando a militância do PT, em pleno horário de meio-dia, superlotou o auditório da sede municipal, apontando que o PT não podia abrir mão do seu protagonismo nas eleições 2012. No final de outubro, uma plenária com mais de 800 militantes e simpatizantes do Partido não deixou dúvidas, aclamou e consagrou a tese da candidatura própria.

A base partidária não concorda com o PT ser vice num papel de coadjuvante a exemplo do que já ocorre no Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Um Partido que tem a maior bancada na Câmara de Vereadores e as maiores Bancadas Estadual e Federal e uma inserção reconhecida nos diversos movimentos sociais não pode virar as costas para isso. Por isso, entendemos que o Partido não pode abrir mão do seu papel central e protagonista, que construiu quando por 16 anos governou a capital, acumulando ricas e variadas experiências de gestão e participação popular. Através das políticas públicas definidas com o Orçamento Participativo, os conselhos setoriais, os movimentos sociais e de quatro congressos da cidade, construiu resultados importantes na melhoria da qualidade de vida da população e na construção da cidadania. A realização do Fórum Social Mundial, em Porto alegre, é um exemplo emblemático da importância da nossa gestão na cidade para o mundo.

Portanto, a candidatura do PT a Prefeitura de Porto Alegre não é uma invenção de uma cúpula partidária. A tese da candidatura própria é a expressão política e social da militância partidária e da sociedade. Agora, queremos resgatar este acúmulo e construir o futuro da nossa cidade, implementando um programa de governo com desenvolvimento econômico e social ambientalmente sustentável com democracia participativa e popular. Conceitos esses, que estiveram expressos e foram vitoriosos em lutas recentes ocorridas na cidade, que combinaram a luta por direito à moradia digna com a preservação da natureza.

Por tudo isto, reafirmamos a tese vitoriosa da candidatura própria com unidade partidária e inscrevemos o companheiro Raul Pont como pré-candidato do Partido a Prefeito de Porto Alegre, para a decisão do encontro municipal do PT no dia 3 de dezembro. “A vitória do PT em Porto Alegre passa por um amplo debate com a militância partidária e com a população na construção de um programa de governo democrático e popular, buscando a constituição de uma política de alianças no campo popular e com os movimentos sociais” (Carta a Porto Alegre).

Porto Alegre, 16 de novembro de 2011.

Democracia Socialista, Esquerda Democrática, PT Amplo e Democrático e militantes do PT.

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