quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Yeda “investe” R$ 34 mil na UERGS e articula ajuda milionária para GM

O déficit zero, decantada conquista do governo Yeda Crusius, é um discurso que se esboroa diante da realidade que nos apresenta escolas de lata e postos de saúde cheios de goteira. Só um número, revelado esta semana, dá conta do embuste: no orçamento para 2009, que Yeda jurava ser realista, seus técnicos previram um gasto de R$ 37 milhões com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), mas até o mês de julho, nem um quarto (24%) deste dinheiro foi aplicado na universidade. Pior, no item “investimentos” o Estado gastou 1%. Isto mesmo, um por cento (!) o que equivale a míseros R$ 34 mil reais para a manutenção e a melhoria de dezenas de unidades espalhadas pelo Estado inteiro.

São dados da Secretaria da Fazenda que revelam muito mais do que cifras; revelam, na verdade, a opção política de um jeito de governar tucano nem um pouco novo porque já foi visto em nível federal com Fernando Henrique quando as universidades públicas foram sucateadas. Yeda tem horror à idéia de fortalecer a UERGS não só porque ela foi criada pelo governo Olívio Dutra, mas porque foi criada para dialogar com o desenvolvimento endógeno, capacitar a produção local e não para moldar futuros peões das ultrapassadas indústrias de segunda geração do tipo montadoras de automóveis.

E por falar em General Motors, já tramita na Assembleia Legislativa um benevolente projeto de lei em que Yeda concede maravilhosos incentivos fiscais à montadora. A oposição, premida pelo temor de que qualquer movimento mais brusco de reação seja ordinariamente noticiado como uma “Ford 2″, atua com todo o cuidado. A idéia é demonstrar ao povo gaúcho que o que Yeda está oferecendo à GM em isenção de impostos, se fosse aplicado, por exemplo, no setor moveleiro, calçadista ou nas cooperativas e no setor primário, geraria mais empregos, mais renda e, por conseguinte, mais desenvolvimento ao Rio Grande do Sul.

A benesse de Yeda representa alguns bilhões a menos nos cofres públicos e, na ponta do lápis, significa que todo o comemorado investimento da montadora no Estado, será completamente pago… pelo povo gaúcho. (Maneco)

Fonte: RS Urgente

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