domingo, 7 de setembro de 2008

Evasão escolar preocupa entidades

Chega a 4 mil por ano, o número de atendimentos do Conselho Tutelar (CT) de Porto Alegre relacionados à evasão escolar. A intervenção ocorre em casos que podem estar associados à negligência, à drogadição e à violência doméstica. As fichas dos alunos são enviadas pelas escolas.

Entre as regiões da cidade com maiores índices de abandono estão a Lomba do Pinheiro e o Rubem Berta, segundo dados apresentados ontem em seminário que discutiu formas de aperfeiçoar o trabalho da rede de atendimento. O evento, no auditório do Ministério Público, foi organizado pela Comissão de Educação do CT da Capital.

A atuação dos conselheiros começa no contato com as famílias para identificar os motivos que levaram o estudante a se ausentar da escola. 'Tentamos trazer o aluno de volta e fazer com que a escola também faça adaptações', ressaltou o coordenador da comissão, Rodrigo Farias. São investigados casos de falta às aulas por cinco dias consecutivos ou sete intercalados, situações em que é gerada ficha de infreqüência pela escola.
Segundo Rodrigo, os problemas na Lomba do Pinheiro e no Rubem Berta envolvem as dificuldades de acesso e transporte.

Com o seminário, a idéia foi ajustar o trabalho desenvolvido em parceria com outras instituições e evitar situações como a geração de fichas sem necessidade.Na rede municipal de Ensino, os casos de abandono geram uma ficha de comunicação do aluno infreqüente. A partir de 2005, o trabalho intensificou-se, com a informatização. 'A idéia é fazer com que o aluno retorne e permaneça na escola', disse a secretária-adjunta da Educação de Porto Alegre, Doris de Souza.

Nas escolas estaduais, os maiores índices de abandono são registrados na 5ª série do Ensino Fundamental, quando os alunos encontram mais dificuldades em decorrência de alfabetização deficiente e final da unidocência; e no 1º ano do Médio, fase em que mudam os graus de exigência e aumenta o número de estudantes que trabalham.

A situação é freqüente em cursos noturnos, segundo a diretora do Departamento Pedagógico da Secretaria Estadual de Educação, Sônia Balzano. 'É preciso investimento na alfabetização e em outra postura da escola. É necessário desenvolver as habilidades cognitivas das crianças.'

Fonte: Edição de 03 de Setembro/2008 - Correio do Povo/Editoria Ensino

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